Há palavras más, que nos fazem mal, que nos destroem por dentro. Que nos entristecem e magoam. Raiva, ciúme, inveja.
Há palavras que custam dizer, que sabemos que vão magoar alguém de quem gostamos. Mas, que têm que se ditam sobre o pretexto de ser o melhor (achei eu).
Traição, dinheiro.
Há palavras "conselho", ditas num tom quase académico, superior, num patamar de maturidade. Que sei que estão certas, mas que não as consigo praticar. Palavras soltas, que não entram no meu ser. São palavras fáceis de dizer, mas que são muito difíceis de materializar. O sacrifício? Continuar presa às palavras más. Não me libertar, está a ser tão difícil. Tenho que ter fé no futuro (palavras vagas).... Que o aparente mau, poderá ser bom... Fé!
Ser superior, esquecer, não relevar.
Há palavras boas. Que nos dão felicidade real, concreta. Uma amiga que se vai casar. Uma amiga de há 20 anos. Uma amiga que se vai casar no dia em que me casei. Tão feliz! Palavras sinceras, de amizade, que nos enchem o coração.
Casamento, amizade, beijo, lua de mel, colégio.
Há palavras divertidas e alegres, que nos transportam para um mundo em que queremos sempre viver.
Férias, fim de semana prolongado, cheiro a verão, areia nos pés, abraços no sofá, cabelo molhado, depois da praia, de cheiro a terra molhada, sestas de tarde e do acordar com os passarinhos, de amigas às gargalhadas, de confidentes e sorrisos cúmplices, olhares, sandes de queijo, S. João. Helena