A importância de um abraço.

 Hoje é o Dia Mundial das Doenças Raras.
Admiro as mães destas crianças, mesmo!
A sua força. Sei que somos muito mais fortes, do que aquilo que pensamos. Que quando somos colocadas à prova, normalmente conseguimos vencer. Mas, elas enfrentam o mundo de frente, muitas vezes grávidas, muitas vezes sozinhas! Sei que Deus sabe as nossas forças...mas, são sempre lições de vida e de amor, amor incondicional, de entrega total, diária a alguém. E os nossos problemas parecem pequeninos, do tamanho de um átomo.
Li uma vez uma história de um menino com uma destas doenças, tudo, tudo o que a sua mãe queria era que ele conseguisse lhe dar um abraço! E este desejo, que ainda não foi concretizado ficou marcado no meu coração. 


Ser mãe

Desde que fui mãe, que me apaixono com facilidade por fotografias de grávidas, mães e filhas, bebés pequeninos, bebés grandes, meninas, irmãos, tudo dentro do imaginário, maternidade.
Não foi uma coisa fácil, quando estava grávida, não conseguia sentir aquela telepatia por outras grávidas, não fiz sessões de grávida, nem tirei fotografias todos os meses, nem fiz barrigas de gesso. A Helena nasceu de cesariana programada, numa quarta-feira. No sábado anterior, fui tirar à praia umas fotografias. Tentei encontrar a praia mais deserta e atrasar ao máximo a coisa para evitar que passasse alguém. Essas fotografias têm-me servido para colocar em molduras e álbuns da Helena. É assim uma prova, e suficiente, de registo dos 9 meses de gravidez.
Nos primeiros meses, não tive mesmo tempo para muito coisa lol
Actualmente, é que já me deixo encantar por este universo. Tenho a certeza que se deve ao facto de estar cada vez mais apaixonada pela minha filha. ADORO-A! Mas, isto de ser mãe, para mim é mesmo um processo. Especialmente, eu que não gostei da fase da gravidez ( e digo-vos que para além de toda a conjuntura económica, o que me retrai noutro filho, são também os 9 meses)
Cada dia, semana e mês que passa sinto o meu coração maior, completamente dependente dela. Nos primeiros meses, isto não acontecia, agora sim, vejo-a com parte de mim
Este encantamento  por aspectos da maternidade e por ser mãe, infelizmente que fica muito pela Helena. Para desgosto meu, continuo a não conseguir criar empatia com os outros bebés/crianças. Adoro os meus sobrinhos de coração. Mesmo!!! Mas, as brincadeiras, os disparates, as macaquices só consigo fazer com ela. Com os outros bebés acho que fica tudo muito forçado. Mas, isto pode ser agora, que ainda são muito bebés, pode ser que o meu estatuto de tia, vá crescendo também com eles. Espero que sim! Até lá vou-me divertindo com o meu amor!
 

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Hoje não consigo ser positiva

Já sei que devo agradecer por ainda ter trabalho... uma fonte rendimento, ainda que muito, muito parca! Mas, custa! E com o facto de extinção da empresa para onde trabalho, o medo de ficar desempregada é muito. Mas, continuo a conseguir motivar-me, a fazer tudinho aquilo que me pedem, a tentar cumprir expectativas, apesar de saber que sou um número, mais um número nos milhares de funcionários públicos que vão ser despedidos.
Hoje estou num dia não!

A contar os tostões

Recebemos os salários esta segunda feira.
É duro, quando percebemos que os avisos que nos fizeram de como os duodécimos não iriam servir para nada e que nos andam a mandar com areia para os olhos, se tornam realidade. Decidimos, mesmo assim, retirar o correspondente de lado, numa atitude de responsabilidade. Depois, faço as contas, pagar o crédito habitação, condomínio, seguro e selo do meu carro, a creche da Helena, água, luz, gás, meo, tirar para o nosso "mealheiro", fazer as primeiras contas do mês, atestar o carro... e sobram-me assim, 200 euros!!!! Como nós vamos ter que comer os três, acho que vai ser este mês que vou mandar os meus gatos comer do lixo!!

Só me apetece mesmo dizer! (desculpem-me o desabafo)


O facebook

Tenho sentimentos díspares pelo facebook. Mas, de facto já faz parte da minha vida diária. Tenho consciência que me afastou de um contacto pessoal, mais regrado e constante de muitos dos meus AMIGOS. Vamos sabendo da vida uns dos outros e adiando telefonemas, jantares, passeios... 
Por outro lado, aproximou muitos outros, conhecidos e desconhecidos. Os desconhecidos vão chegando por indicações de outros. Muitos deles com pedidos de ajuda. E é aqui, e sobretudo, desde que fui mãe, que o meu coração fica estilhaçado. Sinto-me impotente. Gostava de conseguir ajudar todos. Não consigo. Por vezes nem consigo acabar de ler a sua história. Dedico-lhes a minha oração. Peço a Deus, que encontrem um dador compatível, que consigam amealhar o suficiente para o tratamento, que os médicos não desistam (nesta saúde cada vez mais elitista que temos) e que tenham sorte. Porque nesta vida, muitas vezes ingrata e sem nexo, precisamos de ter sorte!
Foi por acaso que conheci a história do João. E da luta pela sua mãe. Hoje encomendei o livro. 10 euros. 10 euros, para um menino que tem tudo para ser feliz, mas está preso num corpo com polimicrogiria, uma mal formação do cérebro. A sua mãe não desiste de conseguir os melhores tratamentos, já foram a Cuba, mas precisam de mais. Querem ir novamente este ano, mas os tratamentos são tão caros. 
O meu coração fica apertado...

Primavera

Pela internet chegam lindas as novidades para a nova estação. Fruto de ser mãe de uma menina linda de 16 meses, adoro quase tudo. Há tantas lojas originais e de qualidade, que é tão difícil escolher.
Acabei de encomendar este vestido para a Helena;

Adoro vê-la vestida como uma princesa. Estou à espera da "vendinha das mães", vem cá a Gaia, para a próxima semana, e acho que vou comprar mais alguma roupinha das lojas que têm sede em Lisboa. Acaba por ser mais fácil a escolha se virmos as peças. Por exemplo, a DOT, para mim tem sido uma decepção. Fica com borboto e com um aspecto usado em pouco tempo. Já sei que pela internet, são imensos os blogs e sites que a adoram, mas comigo não resultou. 
Este vestido é do Bastidor Colorido, uma marca que começou este ano. E tem coisas lindas! 
Nos shoppings compro pouca coisa para a Helena. Só mesmo, quando me dão ou nos saldos. De resto, compro muitas coisas para ela usar na creche (porque este género de vestido, é mesmo mais para ocasiões especiais ou ao fim de semana), numa loja do comércio tradicional. Tem para já só peças da Mayoral, mas vai passar a ter outras duas marcas. Eu não compro muito. Não posso! Mas, quando compro gosto de sentir que estou a ajudar os outros. Este sentimento passa pelo comércio local, comprar nacional e a pessoas felizes, dedicadas e profissionais.

Há pessoas que nos marcam, e há pessoas que são um marco na nossa vida!

O meu avó faleceu há um mês!
E tenho a certeza que nunca o vou esquecer. Por tudo, de bom e mau, que ele representou na minha vida.
Com esta morte, tive uma certeza. Que acredito no depois. Porque não pode ficar assim, por ele, acredito. Nunca teve paz na vida, espero que a encontre agora. Tenho a certeza que ele está a ver-nos; não a zelar por nós (lol) mas, a certificar-se que as coisas correm como ELE QUER. 

E Joaquim, vamos continuar a por-te muita luz:

" Vocês ouviram, quero luzes, velas na minha campa, andei sempre ás escuras a vida toda, ao menos na morte quero estar iluminado!