Nestes dois últimos dias, fiquei a saber que dois casais, casados, cada um deles há mais de 12 anos, estão separados. A razão nos dois casos é uma paixão dos maridos por outras mulheres. Nos dois casos as esposas já sabem há meses destes casos e continuam na mesma casa. Num deles, só o facto de um familiar ter visto o marido com a amante é que levou à mulher a tomar uma decisão e a colocá-lo fora de casa, mas com a perspectiva de que ele se arrependa e volte.
Não entendo! Primeiro não entendo a traição. Nem entendo a razão de não haver divórcio.
Não vivemos em 1960, onde a minha avó, vítima de violência doméstica, teve que ficar casada com o meu avô porque o divórcio não era aceite, nem legal, nem socialmente. Acho que há situações onde o divórcio é encarado de uma forma muita leviana e normal. O divórcio é sempre o fim de sonhos, o admitir que o projecto conjugal falhou, que o compromisso foi quebrado, e quando há filhos, todas estas questões devem ser pensadas a vezes sem conta, para que no final se possa dizer: fizemos tudo para sermos felizes juntos.
Mas, nestes casos, só vejo as mulheres infelizes, a tentarem levar uma vida de fachada e infeliz. Cuidam da casa, dos maridos, dos filhos, marcam férias, fazem planos... sozinhas! À espera que eles acordem um dia e vejam que elas estão ali e que são elas as mulheres da sua vida.
Para haver uma traição é lógico que as coisas não estavam bem. Mas, também é colocar-se numa posição favorável a isso mesmo. Não pretendo julgar, nem criticar a espécie masculina, até que se trata de algo transversal a ambos os géneros.
Fico triste de ver pessoas conhecidas a rebaixarem-se, a sofrer! Fico triste por ver a nossa sociedade a ficar tão fragmentada, mas sobretudo as nossas famílias!

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