Da manifestação de sábado

Falo por mim, ficou uma tristeza enorme. Eu já sabia que havia quase 16% de desempregados, muitos jovens, muitas famílias, muitos na casa dos cinquenta anos; muitos reformados a ajudar os filhos; muitos pais que vêem os filhos a emigrar; muitos empregados que recebem o salário mínimo; muitos descontentes, sem motivação, sem alegria e sem ânimo para enfrentarem o futuro! Mas, no sábado fui olhei-os nos olhos e vi os seus rostos. E isso deixou-me uma mágoa tão grande. Que país é este? Meu não é!
É certo que foi uma manifestação sem memória recente. Que foi pacífica. Que foi um despertar de consciências (que espero que para além de cívicas, sejam também politicas). Mas, quando penso em sábado só consigo ficar triste.
No entanto, recuso-me a aceitar este país. Recuso-me a ter tido uma filha para não a ver ficar adulta e mulher. Quero envelhecer com ela. Quero que se case em Portugal, que tenha filhos e emprego. Quero vê-la a ser feliz junto a mim. É por ela que não admitido este país.
Espero que este Governo assuma que nem sempre os advisers são os melhores conselheiros. Espero que mude de rumo e que para além de incomodado, indisposto e zangado com a manifestação de sábado, também tenha ficado triste. Triste por não saber governar melhor (já que pelas pessoas...) !



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